Pela volta do Ministério e da Secretaria Estadual de Cultura de MG

 

Imagem: Antigo prédio do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro e a antiga Secretaria de Estado da Cultura em Minas Gerais.

Avessos a tudo aquilo que possa vir a despertar a consciência crítica dos cidadãos, a extrema direita compreendeu a importância das artes e dos movimentos culturais no processo de emancipação social e, sem pestanejar, elegeu-os como os seus inimigos principais.

Em nível nacional, Bolsonaro extinguiu o Ministério da Cultura, e a Secretaria Especial que criada em substituição ficou incialmente submetida ao Ministério da Cidadania, da pastora Damaris, para, em 2019, ser transferida para o Ministério do Turismo.

Quase que apagada, a Secretaria adquiriu certa notoriedade quando o seu quarto secretário, Ricardo Alvim, exibiu em rede nacional as intenções do governo para o setor cultural, qual seja, a de fazer das artes e da cultura uma fábrica de nazistas.

Não é por coincidência que Zema, na mesma toada que Bolsonaro, extinguiu a Secretaria de Cultura de nosso estado, submetendo-a à pasta do Turismo. Essa decisão não revela descaso com o setor, mas outro aspecto ideológico desses governantes, no caso, a intenção de reduzir a cultura atração e entretenimento pra turistas.

Na incapacidade momentânea de produzir arte e cultura enviesados por suas ideologias, Bolsonaro e Zema, ambos extremistas de direita, ganham tempo enfraquecendo os movimentos artísticos e culturais genuínos e de resistência, ao mesmo tempo que derramam verbas nas mãos de pastores alinhados aos seus pensamentos, favorecendo assim a guerra contra as artes e a cultura que travam cotidianamente.

A volta de democracia em Minas e no Brasil passam pelo reestabelecimento do Ministério da Cultura e da Secretaria Estadual de Cultura.

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